Colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro, Martha Medeiros é autora de diversas crônicas, ela fez sua estreia na ficção com Divã, em 2002. Três anos depois, a atriz Lilia Cabral adaptou para o teatro a história de Mercedes, uma mulher na meia-idade que resolve fazer análise, questionando temas do cotidiano, como casamento, maternidade e paixão. Hoje, a obra da autora gaúcha chega aos cinemas sob a direção de José Alvarenga, o mesmo de Os Normais (2003).
Em entrevista a Cine Semana, Martha conta como é ver seu trabalho adaptado para os palcos e telas e também destaca o assunto que mais gosta de escrever: as relações humanas.
Qual a diferença entre ver sua obra adaptada para o teatro e para o cinema?
É quase a mesma coisa. Na verdade existe um estranhamento sempre que a obra é adaptada não importa pra qual veículo porque a gente sempre que escreve se senti assim uma proprietária privada, ‘foi eu quem inventei os personagens, eu conheço bem aquelas emoções que estão no papel, aquilo ali tem muito a ver comigo’
E a adaptação ficou bastante fiel?
No aspecto geral ta fiel. É a história de uma mulher casada com filhos, ela nem sabe direito o que ta fazendo na terapia, mas ela sente que tem alguma coisa incomodando, e aos pouquinhos, à medida que as consultas vão passando, a vida dela também vai se transformando, ela acaba tendo um caso com um cara, quer dizer essa parte toda, ela tem a melhor amiga, tudo isso foi mantido, isso ta tudo muito fiel ao livro
No aspecto geral ta fiel. É a história de uma mulher casada com filhos, ela nem sabe direito o que ta fazendo na terapia, mas ela sente que tem alguma coisa incomodando, e aos pouquinhos, à medida que as consultas vão passando, a vida dela também vai se transformando, ela acaba tendo um caso com um cara, quer dizer essa parte toda, ela tem a melhor amiga, tudo isso foi mantido, isso ta tudo muito fiel ao livro
Com as adaptações, você e a Lilia Cabral se aproximaram e mantém contato?
Sim, tudo começou através dela mesmo porque na época em que ela leu o livro ela gostou muito, conseguiu meu telefone e disse que tinha interesseem adaptar. Logo depois a gente se encontrou pessoalmente e conversamos. Eu vi como seria o projeto dela e dei carta branca. Não participei das adaptações, nem do teatro e nem do filme. Eu realmente dei carta branca.
Sim, tudo começou através dela mesmo porque na época em que ela leu o livro ela gostou muito, conseguiu meu telefone e disse que tinha interesse
Divã retrata temas do cotidiano como casamento, maternidade, solidão e paixão. Você acha que suas crônicas têm alguma influência sobre o livro?
Eu acho que tem. Às vezes eu até fico constrangida de chamar o Divã de um romance porque na verdade eu acho que na verdade ele é um livro de transição entre a crônica e a ficção.
Eu acho que tem. Às vezes eu até fico constrangida de chamar o Divã de um romance porque na verdade eu acho que na verdade ele é um livro de transição entre a crônica e a ficção.
"Sou uma mulher madura, que as vezes brinca de balanço.
Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto"
"Tem muita gente que se distrai e é feliz pra sempre, sem conhecer as delícias de ser feliz por uns meses, depois infeliz por uns dias.... Viver não é seguro. Viver não é fácil. E não pode se monótono. Mesmo fazendo escolhas aparentemente definitivas, ainda assim podemos excursionar por dentro de nós mesmos e descobrir lugares desabitados em que nunca colocamos os pés, nem mesmo em imaginação. E, estando lá, rever nossas escolhas e recalcular a duração de "pra sempre". Muitas vezes o "pra sempre" não dura tanto quanto duram nossa teimosia e receio de mudar.".
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