Zizo, o personagem principal, vai para frente de um tanque, aproveitando a parada militar do Dia da Independência, até ser retirado por policiais, e na segunda cena o cara sobe em um carro para declamar uma poesia até que vê Eneida, interpretada por Nanda Costa, sua parceira. O clima esquenta e os dois tiram a roupa. Policiais da ficção aparecem e tentam tirá-lo do lugar, mas ele resiste. A partir daí, as versões são muitas, mas o fato é que a polícia de verdade chegou.
E a cena ficou maravilha de real.
A equipe que filmava na Rua da Aurora, no Centro do Recife, foi abordada por várias viaturas da Polícia Militar por estar rodando cenas de nu – dos protagonistas Irandhir Santos e Nanda Costa (a Soraia, da global Viver a vida), ambos premiados no festival de Cinema de Miami, pelo filme Sonhos roubados, no mês passado, além de outros seis integrantes do elenco. Segundo os agentes, houve denúncia de atentado ao pudor.
Sinopse - O longa, cujo roteiro é assinado por Hilton Lacerda, conta a história de Zizo, um poeta de atitude anarquista, que mantém um pequeno tablóide chamado de Febre do rato. Um personagem que está sempre às voltas com um mundo todo particular. Também estão no filme, Matheus Nachtergaele, Ângela Leal, Conceição Camarotti, Maria Gladys, Juliano Cazarré e Tânia Moreno.
randhir Santos está em todas! Esse ano, o ator Pernambucano estrela quatro produções nacionais: “Viajo porque preciso, volto porque te amo”, “Quincas Berro D’água”, “Olhos Azuis” e “Tropa de Elite 2”. Dando vida a personagens completamente distintos de uma maneira admirável, Irandhir vai conquistando cada vez mais seu espaço no cinema nacional.
“Viajo porque preciso, volto porque te amo”
Irandhir Santos revela a beleza do filme que ganhou o prêmio de melhor direção no Festival do Rio 2009
2 comentários:
Oi Teresa!!!!! Eu fiquei super surpresa com a notícia desse filme, porque eu conheço o Zizo real. Durante finais dos anos 90 fui aluna da UFPE e foi lá que conheci esta figura tão carismática chamada, Zizo. Fico muito feliz por ele!
Estudamos no Centro de Artes da UFPE de 94 a 98 e tivemos o prazer de conhecer o Zizo "despachando" em seu "escritório" na sala de estudos do CAC. A sala era realmente o coração daquele prédio, onde os poetas, músicos e alunos de todos os cursos se encontravam para uma rica experiência multimídia. E Zizo, sem dúvida, era o personagem principal daquele cenário. Dizia ser formado em "Artes Cínicas", numa crítica inteligente e bem humorada ao conhecimento formal. Pouco tempo depois, a sala foi esvaziada (de vida!) para dar lugar a um (soturno) espaço de exposição de artes plásticas, que poderia muito bem ocupar qualquer outro espaço do prédio sem problema algum. Mas como a sala era um foco de livre expressão, incomodou a direoria da época e foi lacrada. Mais um episódio em que a liberdade assusta a ordem estabelecida e é exilada, até mesmo de um Centro de "Artes e Comunicação". Se um dia voltasse a funcionar, o Zizo mereceria uma estátua naquele lugar. :-)
Ramon e Suzana
raesa@ig.com.br
Palmares-PE
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