Antigamente, quando uma moça estava pra casar procurava, através dos conselhos das matronas mais velhas, o conhecimento de causa obtido durante os anos. Hernani Dantas nos manda esta história que transfiro para os frequentadores da Esquina:
Ana Maria era uma formosa morena, na sua exuberante juventude de 18 anos, olhos tentadoramente sensuais, cabelos ondulados e uma dentadura somente comparável a um custoso colar de pérolas eternamente exposto no formidável estojo de sua linda boca de coral.
Invejada por todas as suas colegas de colégio do Interior, era o orgulho de sua dedicada mãe, que via na filha uma das sete maravilhas do mundo.
Depois de um curto período de namoro, noivou a encantadora Aninha, como era conhecida, com um jovem e remediado fazendeiro da zona da caatinga, e o casamento fora desde logo aprovado e desejado por ambas as famílias, entrelaçadas por antiga e sincera amizade.
Acertado o enlace matrimonial para fins de um esperado mês de agosto e faltando apenas uma semana para tão desejado evento, dirigiu-se a linda noivinha à sua querida mãezinha:
Veja, mamãe; falta somente uma semana para o meu casamento e a senhora ainda não me ensinou nada…
O que será de mim, meu Deus?
Vindo em socorro da sua querida filha, a bondosa senhora acercou-se do seu anjinho inocente e, acariciando-lhe as faces, falou conciliadora:
Não se aflija, minha querida.
A Natureza e o instinto humano são os dois grandes e sábios guias na vida.
Além disso, o seu noivo, como homem experiente das cousas concernentes aos segredos do sexo, há de orientá-la devidamente, de forma que você não deve se preocupar.
Tomada de súbito ânimo e enxugando uma lágrima que lhe aflorava dos lindos olhos, replicou a sua querida Aninha.
Não se trata de nada disso, mamãe.
Essas coisas eu sei de cor e salteado.
O que eu não sei é cozinhar!…
Leonardo Dantas Silva
1 comentários:
kkkkk, muito bom!!!
beijuu
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