Ao ver um jovem se drogando e acabando aos poucos com a sua vida, é fácil lembrar das assertivas palavras e versos utilizados por Renato Russo ao escrever a triste e verdadeira letra da música “Há tempos” do álbum “As quatro estações”, (2007):
"Parece cocaína
Mas é só tristeza
Talvez tua cidade
Muitos temores nascem
Do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora
Da virtude que perdemos...
Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro..."
Mas é só tristeza
Talvez tua cidade
Muitos temores nascem
Do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora
Da virtude que perdemos...
Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro..."
Palavras que definem com clareza a inconstância de tal busca, destacando a angústia, sofrimento e vazio sentido pelos jovens que vivem em busca daquilo que nem eles mesmos têm a certeza do que possa ser, porém não existindo nenhuma dúvida, confiando naquilo que não é nada além de uma simples viagem. Então, até onde iremos permitir que a droga chegue? Até quando iremos nos manter em nossas prisões domiciliares e fechar os olhos para as necessidades dos nossos jovens que adoecem cada vez mais cedo? Está aí as perguntas que necessitam com urgência de respostas... Quantas Amy Winehouses iremos precisar perder para as drogas?
De Wellington Júnior (CRP-15/3056), psicologo clínico e terapeuta especialista em comportamento humano e em psicologia das organizações. | Foto Divulgação