Se seria possível escrevê-lo, nunca duvidei. Gradativamente, fui galgando de pauta em pauta no papel rabiscado, o desenrolar fortuito e lúcido, uma poesia recheada de sentimentos, de arroubos paradoxais e de paixões sobrepujadas em metáforas de imaginações e fantasias. Fui mais além, escancarei aos ouvidos do mundo, sintonizados ou não, o amor mais puro e profundo do meu ser.
Agora, deliciosamente, saboreio ao ouvi-las na essência, o gosto da semente e do fruto caramelados de prazer e de felicidade. E digo mais: ser poeta é ter os sonhos nas mãos!"
SER POETA
É ser eternamente menino
Crescer sempre em desatino
Buscando sempre uma razão
Para o espírito e o coração
Ser poeta
É ser dono da noite
Cantar as fases da lua
Contando cada estrela
Num corpo de mulher nua
Viver poeta
É sorrir da própria tristeza
E no verso de uma triste poesia
Embalar a noite cantando o dia
Ser poeta
É ter os sonhos nas mãos
E cantar luas, estrela e sóis
Viver grandes e loucas paixões, é madrugar
Esperar por arrebóis
Morrer poeta
É perder um abraço apertado
um sorriso, um afago
A sapiência de um mago
Ser poeta é morrer de amor!
Melodia: Zé Linaldo
Voz: Markinhos Cabral
Fotos: Denilson Vasconcelos.com.br