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A Paz

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Muito emocionante esse clip que fala do descaso do poderio e da miséria humana. Uma das mais belas composiçoes do meu irmão querido Genésio Cavalcanti. Vale a pena conferir!

A cor de minha alma

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Minha alma tem a cor de uma linda flor, um cheiro de perfume que se espalha no ar e que vive sorrindo a cantar. Minha alma dança ao som das flores, rubras, amarelas, jovens e donzelas. Minha alma voa, voa sobre os pomares, de to...dos os lugares, voa com esplendor a procura de seu amor. Minha alma vive de paz, rosas brancas e lilás. Minha alma é de poeta, sem rumo, sem hora certa.



Genésio Cavalcanti
Palmares, hoje e sempre!
Todos os direitos reservados!

Prazer da fama

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Eu não preciso me acostumar com seus laços, com sua cor, sua dor e seus trapos. Suas terras, sapatos altos e baixos e do resto de seus trapos. Não me venha com subterfúgios banais, recolha-se, alimente-se de suas mágoas vicerais, o preço estipulado é alto demais, não me perderei nesse mar de lama, muito menos beberei o prazer de sua fama, não me curvarei a acordos banais. Seu sorriso inocente é uma farsa, eu já conheço essa artimanha forçada, não cairei nesta arapuca armada. Você sabe muito bem que estou com a razão, pois, o que mais me interessa na vida é amar, amar e ser feliz! De promessas falhas e parcas, eu não acredito, não preciso não. Então, te resta a cobiça da fama, os valores numéricos da bolsa, teus estilistas de fama, aproveita e tranque a porta de teu castelo, oh! moça, que eu já fechei a janela do meu coração


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Genésio Cavalcanti
Palmares, hoje e sempre!

Me espera amor

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 Me espera amor, que eu estou chegando, não tem dia nem hora mas estou chegando. Mas saiba que cada segundo longe dos teus carinhos, é como se mundo fosse se acabando. A saudade maltrata me partindo e o que me consola na solidão deste quarto frio, inerte, é o quadro na parede lisa que retrata tua imagem sorrindo em vão. Como esquecer o vício de você meu amor, se você é a razão do meu viver. E quando eu voltar contente, irei abraçá-la com ternura e paixão, refugiar-me em teus braços, tocar teu corpo quente, despi-la lentamente e amá-la loucamente. Como esquecer o vício de você, se você é a razão do meu viver!

Genésio Cavalcanti
Palmares, hoje e sempre!






Pensando em você

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 Será meu amor, que o tempo que corta o vento, esqueceu de te avisar, do meu mundo do meu lugar? Será que o amor que juntos vivemos, já não há de importar? 
Então, por que será que um dia me fizeste acreditar.
 Tuas carícias, meus desejos, tuas vontades, meus segredos. 
Vou navegando minha solidão em mares insólitos, sem roteiro, sem proteção, esperando um aceno, um sorriso, que me faça voltar ao paraíso, pois, o amor é sempre bem vindo. 
Será meu amor...


Genésio Cavalcanti

Palmares hoje e sempre!

Madrigais

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Quero de volta o cheiro da flor
Me trás novamente o encanto do amor
Flanboyants, rosas vermelhas
Bromélias, orquídeas amarelas
Margaridas, acácias, azaléias
Róseas lilás, azuis naturais
E a natureza triste chora
Chora fauna, chora flora
Trepadeiras e aves cantadeiras
Sabiás, rouxinóis, sanhassus
A açucena, o Louva-a-deus
Minha triste alameda de luz
O canto que procuro no escuro
Encontro nos brancos lírios
E nos densos vales as buganviles
Hortências, papoulas, crisantemos
Que invada minh'alma
O cheiro de terra molhada
Me devolve a pureza das borboletas
Trás de volta para mim
O encanto suave das violetas
O doce perfume de jasmim
Quero de volta o cheiro da flor...


Genésio Cavalcanti - Palmares, hoje e sempre!
Ave do Paraíso, do CD Madrigais


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Cidade Prometida

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Sou mais um entre tantos, na terra dos poetas. Nessas terras, palmilhei a geografia do seu corpo, nas noites, nas tabernas, subindo montes, descendo serras. Foi do Alto do Inglês, que pela primeira vez, a cidade abracei. Nos alpendres dos seus engenhos, nos arcos dos seus casarios, meu corpo, indolente, repousei. De braços abertos, corri contra o vento. Nos campos, cavalguei no lombo do cavalo, sem sela, espora ou rédea. Bebi leite quente, espumante, ordenhado no peito da vaca. Joguei bola, peão, bola de gude, e pipas, lancei ao firmamento quebrei vidraças namorei escondido, ouvi xingamento. Nas casas de farinha, minha mão concha, em cada punhado, degustava quentinha... Mel, cocada, banana amassadinha. No Cocão do Padre, saciei minha sede. Na fonte de água gelada, me debrucei. E, quando sentia o cheiro das frutas: araçá, goiaba, cajá, mais que ligeiro, corria pra lá, e lambia o caldo doce que escorria por entre dedos, mãos e braços, das mangas, das canas caianas.
Mergulhei nos seus rios, pesquei cundundas e piabas, e quando senti frio, dancei com as morenas do velho Rabeca no pastoril.
Neste pedaço de terra, inexoravelmente, estrelas me guiaram. Aqui, fiz juras eternas. Casei, procriei. Algumas vezes, me excedi, noutras refleti...
Fui menino e homem sonhador! Carreguei nos ombros da vida, a cada partida, não medi distância, indo ou vindo, sempre voltei para o teu seio sorrindo. E hoje, é minha a cidade que um dia me foi prometida!



Genésio Cavalcanti. Palmares, hoje e sempre!


Imagem: Denilson Vasconcelos

Malassombrismo

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Acho que meu irmão quando compôs essa música já sabia qual seria o bruxo que iria interpreta-la...o malassombrado Zé Linaldo...  escutem e depois comentem se tenho ou não razão??? rsrsr

Eu quero que você me leve ao paraíso
Pois tudo aqui é cálido, triste e frio, malassombrismo
Minha roupa vive amarrotada
Meus cabelos assanhados
Vivendo a era do pré -sal
Porém sem ser capa de revista ou de jornal 


Eu sei que é noite, pela noite eu vagueio
Já não acredito em mais nada, só em mim que me norteio
Mostro a face, viro o rosto
Faço cara de desgosto
A indigestão dessa mata
Só passaria com minha cabeça numa bandeja de prata...


Mas eu não me rendo pra quase ninguém
Mesmo sem ligar pra quase nada, exceto o querer bem
Mas é noite, os malassombros
Contentes falam estridentes
Bem dentro dos meus ouvidos
Sorrindo, mostrando os dentes...


Quem sabe pra frentemente tudo fique diferente
Eu volto pra noite sorrindo, todo contente
As amizades sinceras, essas eu amo também
Emboramente já não creia m quase nada ou ninguém
Só pro gestor do mundo, é que direi amém


Letra: Genésio Cavalcanti/ Zé Linaldo
Música: Zé Linaldo/ Genésio Cavalcanti

Deus de Misericórdia

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Estava aqui pensando como a tradição da Páscoa está mudada. Antes existia  mais respeito. Sexta feira santa, não se ouvia uma música tocar,era dia de reunir a família e esperar a hora da procissão. Exatamente 3  hs da tarde. Era dia de assistir filme bíblico. Não se namorava, dançava ou se divertia.  Era sagrada e respeitada a sexta feira santa. Dia de pensar mais em Jesus e na sua via crucis. De romper as diferenças, perdoar e viver mais em harmonia.
Hoje se fala da semana santa como mais um pretexto para comer muitas iguarias e beber muito vinho. Parece uma festa e todos querem aproveita-la da sua maneira. Som de carros fazem a festa em barzinhos e beiras de praia... 
É festa em Gravatá, Caruaru, e por ai a fora...
É o verdadeiro  Bacanal de Herodes. Chocolates caros e vinhos de safra desaparecem das lojas como num passe de mágica. Na Farmácia, a venda de engov, pílulas do dia seguinte e preservativos lidera. É a era comercial,é o modernismo tomando conta da vida das pessoas e fazendo  esquecer o que na realidade prevalece. O amor, a caridade e o perdão!

Deus de Misericórdia


Letra: Genésio Cavalcanti
Melodia: Zé Linaldo
Voz: Marquinhos Cabral

Cordel Encantado

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Reza  a lenda que todo Nordestino tem que gostar um pouquinho de Cordel. Um tipo de poema popular que tem rimas e também xilogravuras. Pendurados em cordas, os folhetos ganharam o mundo contando histórias em estrofes de seis, oito e até dez versos.
Os cordelistas sempre são acompanhados de viola e  recitam de forma harmoniosa , como uma cantoria. Atualmente o Cordel está bastante em moda, a globalização o colocou em evidencia. Com aprovação de muitos e desdém de alguns que tem repulsa pelo Nordeste (acho que nem assistem a novela por tal descriminação), o cordel passou a ser conhecido no mundo todo. 
A novela, Cordel Encantado, é uma peleja entre Nordestinos cangaceiros e reis, onde o amor está acima do bem e do mau.
 Falando em Cordel, esses versos é uma mensagem para o dia de hoje. Da minha amiga blogueira e cordelista, Dalinha de renome em todo o território Nacional.

PÁSCOA E PAZ


Vamos adubar nosso chão,
Plantar justiça, colher a paz.
Ressuscitar sentimentos
Que tanta falta nos faz.
Repudiar a violência
Pois cada um é capaz.

Chega de tanta violência,
Chega de tanta matança.
Chega de tanta maldade
Envolvendo até crianças.
Vamos semear justiça,
E tentar colher esperança.

Cristo foi crucificado,
Para nossa salvação.
Vamos abraçar o próximo,
Como se fosse um irmão.
Vamos ressuscitar a paz,
E abrandar o coração. 
*
CORDEL DE SAIA

Santa Oração







Na mão tremula o rosário
No peito o escapulário
Uma prece , uma louvação
Aos pés de padre Ciço Romão


Um homem franzino chorando
Esborra as lágrimas do sertão
E no arroubo do seu choro, chora
Gonzaga, Frei Damião...


Santo Antonio no altar
Ri das travessuras de um menino
Pra cada andor uma procissão
Quem se eu do céu gritasse
Me estenderia sua mão?


Pra Maria Bonita uma oração
Pra Antonio Conselheiro extrema-unção


Num pensar mancomunado
Dois sujeitos muito macho
Um projeto pra nação


Ariano Suassuna com brilho
E Hermilo Borba Filho
Essa dupla genial
Dois pensadores nordestinos
Criaram o Movimento Harmorial


No vale fértil do sertão
Tomba jagunços e seus irmãos
Nos rochedos sangra o peito
Do destemido Lampião.



Melodia: Zé Linaldo
 Voz: Sérgio Boi


Essa música é de autoria de meu irmão, Poeta Genésio Cavalcanti . Pena que a globo não a conhece, ficaria linda na novela Cordel Encantado, não acham?




Para Palmares

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   Por certo, um dia , do alto das Palmeiras da minha terra,
   terra da minha inspiração, do meu refúgio,
  que me acolhe e onde colho frutos,
  desfolhar-se-ão e cairão sobre meus escombros,
  alimentando minha alma e o meu amor por ti!

Palmares, hoje e sempre


Genésio Cavalcanti





Imagem: Denilson Vasconcelos

Madrigais

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"Em MADRIGAIS, inspirou-me o desejo e o afã de uma nova conquista. 
Se seria possível escrevê-lo, nunca duvidei. Gradativamente, fui galgando de pauta em pauta no papel rabiscado, o desenrolar fortuito e lúcido, uma poesia recheada de sentimentos, de arroubos paradoxais e de paixões sobrepujadas em metáforas de imaginações e fantasias. Fui mais além, escancarei aos ouvidos do mundo, sintonizados ou não, o amor mais puro e profundo do meu ser.
Agora, deliciosamente, saboreio ao ouvi-las na essência, o gosto da semente e do fruto caramelados de prazer e de felicidade. E digo mais: ser poeta é ter os sonhos nas mãos!"


Genésio Cavalcanti






SER POETA

Nascer poeta
É ser eternamente menino
Crescer sempre em desatino
Buscando sempre uma razão
Para o espírito e o coração

Ser poeta 
É ser dono da noite
Cantar as fases da lua
Contando cada estrela
Num corpo de mulher nua

Viver poeta
É sorrir da própria tristeza
E no verso de uma triste poesia
Embalar a noite cantando o dia

Ser poeta 
É ter os sonhos nas mãos
E cantar luas, estrela e sóis
Viver grandes e loucas paixões, é madrugar
Esperar por arrebóis

Morrer poeta
É perder um abraço apertado
um sorriso, um afago
A sapiência de um mago
Ser poeta é morrer de amor!


Melodia: Zé Linaldo
Voz:        Markinhos Cabral
Fotos: Denilson Vasconcelos.com.br


Neurose

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Meu irmão Genésio compôs essa música e dedicou a todos os neuróticos da vida!
Com melodia de Linaldo Martins e cantada por Markinhos Cabral, tirou onda com os   malassombrados! Malassombrada eu vivo e muita gente também aqui na minha cidade. A gente não pode ver o céu escurecer que fica logo com essa maldita Neurose de enchente!  Acho que toda a população Palmarense está ficando  neurótica... haja visto nunca se vender tanto medicamento Tarja preta na Farmácia! Só mesmo com Olcadil, Rivotril, Lexotan, Diazepam, para acalmar!   afffff Falando nisso, olha a carta que meu irmão enviou a CODECIPE: Sr. Diretor URGENTE Sou morador de Palmares-PE, meu nome é Mário Sérgio O.C.L. Vasconcelos, e gostaria de saber dessa entidade, tecnicamente, qual o motivo que, segundo a metereologia, vai chover muito no período de ABRIL, MAIO e JUNHO de 2011 e que a BARRAGEM DO PRATA não poder ficar com 10 ou 20% da sua capacidade de armazenamento, pois com tanta chuva esperada, ela logo chegará a sua capacidade normal, e nós palmarenses deixaremos de ter uma BOMBA-CHIANDO no nosso dia-a-dia. Vale lembrar que, antes da referida BARRAGEM DO PRATA, nunca, nunca houve enchentes perto das de 2000 e 2010. No aguardo de urgentes respostas, Atenciosamente, Mário Sérgio
Neurose, também conhecida como psiconeurose ou distúrbio neurótico, é um termo que refere-se a qualquer desequilíbrio mental que causa angústia e ansiedade, porém ao contrário da psicose e algumas outras desordens mentais, não impede ou afeta o pensamento racional.
 Neurose- "neurótico", ou afetado pela neurose, é o termo que descreve a pessoa com depressão ou ansiedade, falta de emoções, pouca auto-confiança, e/ou instabilidade emocional.

Sentimento do mundo

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Essa música retrata bem a inquietação no mundo em que vivemos...Uma poesia em forma de música de meu irmão e poeta, Genésio Cavalcanti-

Tem dias que acordo
Carregando nos ombros
Todas as dores do mundo
E esse sentimento é profundo

Mas o que posso fazer?
Seu coração é de pedra
Sua cabeça é de chumbo
"Tenho apenas duas mãos, e o sentimento do mundo"

E pensar que tudo na vida
Poderia ser bem diferente
Mas nada lhe comove
Miséria, fome, morte...

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Palmares Despedaçada

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Caminho a passos lentos sem pressa alguma. Sigo os rastros da destruição desviando dos escombros entulhados pelas ruas, avenidas, jardins e praças da cidade despedaçada pelo tsunami catastrófico que arrasou nossa querida Palmares.
Horroriza-me sua paisagem devastada, e do que dela sobrou; e que permanece escancarada nos olhares incrédulos das pessoas em tons soturnos de sofrimento, desespero, angústia e de medo. Dói-me a alma ver-te sombria, com teus casarios chafurdados na lama fétida, corrosiva e contagiosa. Em outras moradias, a sorte não foi complacente. Foram impiedosamente arrastados pela fúria incontrolável da terrível enxurrada, não restando sequer, nem mesmo o próprio terreno. Corta-me o coração olhar-te desguarnecida, intransitável, pois viraste um grande amontoado de sujeira. O teu tradicional comércio conta e reconta prejuízos incalculáveis. E não se sabe ao certo, se sobreviverá: esperar pra ver!
Escrevo, tentando descrever o indescritível. Seria o fim dos tempos? Uma tragédia apocalíptica? Ou apenas mais uma tragédia anunciada e irresponsavelmente não revelada pelas autoridades competentes?
E eu sigo, sigo em busca do nada, ou quem sabe do tudo perdido. E procuro, como quem procura no palheiro, as reminiscências de um passado que jamais será esquecido. E lembro Fernando Pessoa: “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”. É preciso seguir em frente, afinal de contas, a vida é um eterno recomeço.
Caminho sobre o mundo das incertezas, driblando obstáculos quase que intransponíveis. Mas é preciso não se deixar abater. Levantar a cabeça, agradecer a Deus por tudo e seguir em frente.
Reencontrar meus próprios passos, à medida que a caminhada se faz longa e tortuosa. São os percalços da vida.
Não passa despercebido aos meus olhos e ouvidos o clamor de uma velha senhora, que chora e implora de joelhos, com o olhar lacrimoso, e o rosto curtido pela amargura e desesperança. Valha-me Nossa Senhora do Desterro, valha-me Deus, ajuda-nos oh Senhor! Tende piedade de nós.
Bem pertinho de mim, um cachorro mestiço de grande porte uiva aflitamente, e no seu uivo lamurioso e solitário presume-se que seu querido dono também tenha sido sugado pela correnteza abaixo...
O crepúsculo no horizonte indica o final da tarde. Inexoravelmente, caminho até chegar as margens do velho Rio Una. E lá está ele, tripudiando das nossas lamentações. Perene, majestoso, largo, brilhoso e limpo. Devolveu-nos com juros e correção toda sujeira que nele depositamos.
Chega a noite. E eu te vejo trêmula de frio, encharcada, moribunda entregue a ratos, baratas e outros indesejáveis insetos que te corroem dia-a-dia.
E hoje sem tuas vestes luminosas e acolhedoras. Completamente nua, desprotegida, desamparada. Agonizante! Sem tuas praças, sem teus colégios, sem o grande marco do teu cotidiano, que é a biblioteca municipal, sem teu passado, sem tua história. Mas não haverá de ser nada, bastará dia após dia, ano após ano.
Não te abandonarei. Continuarei a vigiar-te e a querer-te e a amar-te! Mesmo sabendo que parte de ti foi totalmente dilacerada. E surgirás, e te erguerás. Ressurgirás das cinzas, como a Fênix, pois és a canção da própria natureza! “terra de cultura e de grandeza”.
E para mim, continuarás sempre sendo a minha princesinha.  A princesa dos canaviais, a minha pérola irradiante. A eterna pérola do Una!

Palmares hoje e sempre!



Genésio Cavalcanti


América em canção : cd de meu irmão Genésio Cavalcanti

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Maravilha de cd entitulado  América em canção, retrata o sentimento, o amor pela vida e a sensibilidade`a flor da pele. Letras de meu irmão o poeta Genésio Cavalcanti, com músicas de Linaldo Martins.
 Tem a honrosa participação de nomes como:: Marquinhos Cabral, Mazinho, Simone, Harryson, Bony e Zé Ripe.




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