Mostrando postagens com marcador Lula em Palmares. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lula em Palmares. Mostrar todas as postagens

Lula, você vencerá mais essa batalha!

1
O Brasil hoje acordou mais triste ao saber da doença que acometeu o nosso ex querido por todos, o Lula.
 Um câncer de laringe foi diagnosticado e Lula está internado para começar uma quimioterapia.

Lula sentiu rouquidão e dores na gargante durante uma comemoração particular ao longo da semana, o que o levou a consultar um médico. Na última quinta-feira, ele completou 66 anos.
Segundo as primeiras informações, o tumor está localizado e não apresentaria ramificações. O tratamento será ambulatorial, ou seja, o ex-presidente irá ao hospital fazer quimioterapia e voltará para a sua casa. Segundo os médicos, ele "encontra-se bem".

Que Deus o ilumine e cure logo dessa doença que invade os lares e acaba com os sonhos de muita gente!



Fonte: Terra

Os Filhos do Brasil

0

Por Fabio Victor, na Folha.com
Vavá tinha 108 canários do reino, hoje não resta nenhum. O motivo: os ratos de telhado que invadiam o viveiro do seu sobrado na periferia de São Bernardo do Campo, Grande São Paulo.
A casa simples onde mora Vavá, ou Genival Inácio da Silva, irmão do presidente Lula, é a mesma há 36 anos.
Às vésperas do segundo turno da eleição, ele conversou por uma hora com a Folha. De início, gritou para a mulher, que atendeu o portão, que não queria papo. Mas logo cedeu e convidou a reportagem a entrar.
Primeiro falou na apertada sala (5 m²), decorada com móveis tipo Casas Bahia, azulejo barato, uma TV grande e três quadros: uma foto oficial do presidente (com o autógrafo "Para o meu querido irmão Vavá, um abraço do Lula"); um retrato em preto e branco da mãe, dona Lindu; e um quadro bordado de uma mulher-anjo.
Depois, no terraço do primeiro andar nos fundos da casa, onde havia a criação, contou que os ratos arruinaram os canários e ele foi forçado a dar os que restaram.
Personagem do noticiário em 2007, quando foi indiciado pela Polícia Federal por tráfico de influência e exploração de prestígio, na Operação Xeque-Mate (que investigou máfia de caça-níqueis), Vavá foi excluído da denúncia do Ministério Público.
"Os caras pensam que a gente é milionário, quebraram a cara. Desmoralizam você, te jogam no lixo. Se não tiver cabeça, acabou."
Aposentado como supervisor de transporte da Prefeitura de São Bernardo, pouco sai de casa. Ainda se ressente de seis cirurgias nos últimos anos (no fêmur e na coluna).
DUREZA
A poucos dias de Lula deixar a Presidência, após oito anos no cargo, os seus seis irmãos vivos moram em situação semelhante à de Vavá, alguns com maior dureza.
O primogênito, Jaime, 73, vive numa periferia pobre de São Bernardo, acorda diariamente às 4h30 e vai de ônibus para o trabalho, numa metalúrgica na Vila das Mercês, zona sul de São Paulo.
Marinete, 72, a mais velha das mulheres, que foi doméstica na juventude e hoje não trabalha, é vizinha de Vavá.
Quando a Folha o entrevistava, ela surgiu no terraço dos fundos do seu sobrado, colado ao dele, para checar um contratempo. "Não tem água. Acabou a água da rua e estou sem água", queixou-se. "Marinete do céu, nenhuma das duas [da rua ou do tanque]?", questionou Vavá.
O fotógrafo Lalo de Almeida subiu no muro para checar o registro da caixa d'água. "Ó o sujeito... Ah, você não vai subir, não. Filhinho de papai, não sabe subir em muro", gracejou Marinete.
Vavá, 71, é o terceiro. É seguido por Frei Chico (José Ferreira da Silva), 68, o responsável por introduzir Lula no sindicalismo. Metalúrgico aposentado, Frei Chico recebe ainda uma indenização mensal de R$ 4.000 por ter sido preso e torturado na ditadura. Presta assessoria sindical e mora em São Caetano.
Maria, a Baixinha, 67, e Tiana (cujo nome de batismo é Ruth), 60, a caçula --Lula, 65, está entre as duas--, completam a família. A primeira vive no mesmo bairro que Vavá e Marinete e não trabalha; Tiana, merendeira numa escola pública, mora na zona leste de São Paulo.
Esses são os sobreviventes dos 11 filhos de dona Lindu com o pai de Lula, Aristides --que teve vários outros filhos com outras mulheres.


Fonte: Blog do Jamildo




Lula em Palmares

0

O Haiti é aqui


A Destruição
chamada.jpg
O município de União dos Palmares (AL) foi devastado pela enchente.
Como num rastro de bombardeio, não restou nada ali: só lixo e tristeza

Quando a terra tremeu no Haiti, no dia 12 de janeiro deste ano, 1.200 soldados brasileiros, integrantes das Forças de Paz da ONU, já estavam lá e imediatamente passaram a auxiliar no resgate das vítimas do terrível terremoto que matou 200 mil pessoas. Na sexta-feira 18, as populações de mais de 100 cidades de Pernambuco e Alagoas não tiveram apoio nem parecido com este para enfrentar as enchentes que desabrigaram 154 mil pessoas. Os nordestinos contaram apenas com a própria sorte. No sábado, em Alagoas, havia quatro helicópteros para atender milhares de vítimas que esperavam por socorro em 59 municípios. Em Pernambuco, em cidades como Palmares, os primeiros bombeiros chegaram 28 horas depois de as pessoas terem se empoleirado nos tetos das casas para salvar suas vidas. A primeira reunião do comitê de crise que o governo federal criou para atender os dois Estados só ocorreu na tarde da terça-feira 22, quatro dias após o início das enchentes. E apenas na quarta-feira 23 o ministro da Defesa, Nelson Jobim, visitou os locais mais afetados. Atônito, ele também se lembrou dos desafortunados da América Central: “Só vi situação semelhante no Haiti.” Caos, destruição e morte. Juntos, Pernambuco e Alagoas contavam até o final da semana 50 mortos e estimavam em 150 o número de desaparecidos. Sessenta cidades haviam decretado estado de emergência e 35, estado de calamidade pública. Só em Pernambuco, 11.407 casas, mais de 2.103 quilômetros de estradas e 79 pontes foram destruídos.

O Abandono
img7.jpg
Na Igreja de São Miguel, em Barreiros (PE), centenas de desabrigados esperam
por uma providência divina – e pela ajuda do governo federal

Palmares, município localizado a 120 quilômetros da capital Recife, está no centro da devastação. Os relatos da gente da cidade sobre o que ocorreu ali desde a manhã da sexta-feira 18 impressionam. Muitos moradores confiaram que a água não subiria tanto e se refugiaram no andar superior das casas ribeirinhas, em vez de procurar locais mais distantes. O empresário Grivaldo de Oliveira Melo, 44 anos, foi um deles. Com a esposa, cunhada, filho, sogro e sogra, ele decidiu permanecer no seu sobrado. Foram pegos de surpresa pela força das águas. “Quando vi já era tarde. Até poderia tentar nadar, mas o meu sogro, que é cardíaco, e a minha sogra, com 79 anos, poderiam não aguentar”, conta Melo. Às 20h, o primeiro andar já estava encoberto. Faltaram quatro degraus para a água chegar ao segundo piso. “A gente já não tinha mais para onde ir”, diz ele. E a ajuda não vinha. A família de Melo só conseguiu sair da casa 28 horas mais tarde, no sábado 19. Foram resgatados por um bote do Corpo de Bombeiros. No domingo 20, quando a água baixou, os moradores de Palmares perceberam que a cidade não existia mais: “É lama, entulho e mau cheiro por toda parte. Não existe mais prefeitura, bancos e no lugar da praça só há uma enorme cratera. Palmares foi varrida do mapa”, constata Melo.

A Desolação
Ninguém tem para onde ir. Em muitas cidades é difícil saber até como
iniciar a reconstrução. Moradores ainda estão marcados pelo medo
img4.jpg
RUÍNAS
Milhares de casas desabaram e mais de 50 mil pessoas ficaram desalojadas nos dois Estados
img2.jpg
CASA VAZIA
Em União dos Palmares (AL), uma das cidades mais afetadas, menino tenta recuperar a bicicleta
img1.jpg
DESESPERO
Alagoanos nadam para escapar da forte correnteza que fez transbordar o rio Mundaú
img.jpg
CAOS E LAMA
Sem água e sem luz, as pessoas tentam se virar como podem na cidade de Branquinha (AL)

Histórias de desespero se repetiram nas mais de 54 cidades pernambucanas afetadas pelas enchentes. Em Barreiros, o psiquiatra Anchieta Caraciolo ficou ilhado no Hospital Psiquiátrico onde trabalha. “Foi uma situação terrível. Não havia luz e só escutávamos o som da água, que descia pelas ruas como uma cachoeira”, lembra Caraciolo. O hospital, que tem 107 pacientes masculinos, aos poucos foi abrigando uma população aflita. Entre as centenas de pessoas que buscaram refúgio no prédio estava Josilda Maria da Silva, 19 anos, grávida, já em trabalho de parto. Seu atendimento foi improvisado em meio ao caos e, pela primeira vez na história do hospital psiquiátrico, nasceu ali um saudável bebê de 3,5 quilos. “Ela recebeu o nome de Maísa Vitória”, diz o médico. Quando deixou o hospital no domingo à noite, Caraciolo viu o estado de calamidade da cidade: “Era um cenário de pós-guerra. Barreiros parecia bombardeada.”

img5.jpg]
img3.jpgimg6.jpg
SEM REAÇÃO
União dos Palmares (AL), Palmares (PE) e a força bruta do rio Mundaú

Em Alagoas, na Zona da Mata, choveu 180 milímetros em três dias – a média histórica para todo o mês de junho, nesta região, é de 150 milímetros. Na cidade de Quebrangulo, a população começou a notar no início da tarde da sexta-feira 18 que as águas do rio Paraíba estavam subindo. A professora Rosalita Melo dos Santos, 27 anos, dava aula de reforço a alguns alunos em sua casa, enquanto sua mãe, Carmelita, 65 anos, fazia as orações diárias na moradia de vizinhos. “Às três da tarde, minha mãe chegou dizendo que o rio estava alto e que era melhor pegar algumas roupas e sair de casa”, lembra Rosalita. Exatamente uma hora depois do aviso, a enxurrada já havia invadido a casa da família. Mãe e filha não tiveram tempo de salvar nenhum pertence. “A casa toda caiu, só sobrou o muro da frente.” Foram mais de 800 pessoas atingidas na cidade. O número de mortes em Alagoas chegou a quase o dobro do contabilizado em Pernambuco, onde a tragédia começou. Uma das justificativas para tamanha devastação é o fato de os rios alagoanos serem afluentes dos pernambucanos. As águas, que já haviam transbordado nas nascentes, ganharam força pelo caminho e varreram com maior intensidade o Estado vizinho. “Quando a água chegou aqui foi como um efeito dominó, devastando cidade após cidade”, diz Luciano Barbosa, presidente da Associação dos Municípios Alagoanos. A enxurrada colocou abaixo 59 cidades, deixando mais de 70 mil pessoas desalojadas. 

img10.jpg

img11.jpg

img9.jpgimg8.jpg
CENÁRIO DE GUERRA
Moradores de Quebrangulo e União dos Palmares (AL) veem que pouco sobrou das suas cidades

Sem ter como socorrer suas vítimas, Alagoas e Pernambuco dependem de donativos e precisam agora da ajuda rápida do governo federal. Mas a burocracia atrapalha tudo – tanto quanto a imprevidência. Não há preferências partidárias na lentidão do aparato estatal. O governo tucano de Alagoas, por exemplo, jamais pediu verbas federais para a prevenção de enchentes. E a distribuição deste dinheiro, boa parte nas mãos de ministros do PMDB, parece responder estritamente a interesses paroquiais. Dos R$ 70,5 milhões disponíveis para prevenção de enchentes neste ano, a Bahia, Estado do ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima, ficou com 58% do dinheiro, R$ 40,1 milhões. Alagoas não teve nenhum centavo e Pernambuco recebeu míseros R$ 172 mil, ou 0,24%, segundo balanço da ONG Contas Abertas. “Estes privilégios estaduais são um absurdo, uma irresponsabilidade”, diz o economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas. “O TCU tem sido muito brando com eles.”

G_Enchente.jpg

A principal autoridade encarregada de coordenar os trabalhos do comitê de crise, a secretária nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, Ivone Valente, rebate as acusações. “Liberamos R$ 14 milhões para Alagoas, para os carros-pipa, no ano passado”, diz ela. “Lá, a prioridade era obra contra a seca, não era dinheiro para prever tragédias provocadas pelas chuvas.” Já o professor do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília José Oswaldo de Araújo Filho entende que a falta de planejamento é a principal causa das mortes ocorridas. “O governo poderia gastar menos e ao mesmo tempo diminuir a dor da morte e os prejuízos materiais. Mas para isso é preciso investir mais em planejamento que em remediação”, diz ele. “Necessitamos de uma política de remoção das populações nas encostas.” A mesma opinião é defendida pelo engenheiro e especialista em recursos hídricos Valmir Pedrosa, da Universidade Federal de Alagoas. Para ele, a construção de barragens nas regiões dos rios Mundaú e Una poderia resolver o problema. A cada dez anos, segundo Pedrosa, essas regiões passam por enchentes. Mas o rio Mundaú, maior responsável pelas enchentes em Alagoas, não possui uma só barragem em seu leito principal, só nos afluentes.

img12.jpg
O presidente Lula decidiu mobilizar sete ministérios para apoiar os dois Estados. Entre as primeiras iniciativas anunciadas estão a oferta de medicamentos, distribuição de água engarrafada e alimentos industrializados de consumo imediato. Na área de infraestrutura, o governo está ligando as redes de transmissão de energia dos municípios e recompondo trechos de estradas. Começaram a ser distribuídas 80 mil cestas básicas e há um estoque de outras 100 mil para serem entregues nos próximos dias. Lula anunciou ainda a liberação de mais de R$ 600 milhões para a reconstrução das principais cidades atingidas pelas enchentes. Resta agora saber quando esse dinheiro sairá do papel e como ele será distribuído. As cidades nordestinas, ainda sem água e luz, aguardam


Se durante o dia o cenário já impressiona pela destruição, à noite, quando quase ninguém circula pelo Centro devastado, Palmares vira uma verdadeira cidade fantasma. Como apenas 10% da área atingida tem energia elétrica, depois que o sol se põe, apenas os faróis de alguns carros e máquinas e as lanternas dos vigias mostram que ainda há vida por lá.
Na praça, o único ponto de luz é alimentado por um gerador. 
A iluminação garante tranquilidade para uma senhora que perdeu a casa na enchente dormir num dos bancos que restaram desocupados.
Com tudo às escuras, é impossível saber onde se pisa. Sem ver direito, parece que o olfato fica aguçado e o cheiro de podre fica ainda mais forte. Basta respirar para saber que debaixo daquela lama toda há comida podre e animais mortos.

Daniel Guedes- 

Presidente Lula se emociona em Palmares

6
"Não haverá limites para reconstruir Palmares", disse o Presidente Lula, se emocionando ao sobrevoar a tragédia .
Lula abraçou e confortou os Palmarenses 
Lula, que chegou a chorar durante a visita, foi abraçado e aplaudido pelos moradores da cidade. O presidente afirmou que o que mais o impressionou em Palmares foi a gratidão das vítimas da enchente. "O cidadão que estava ali, com o pé enfiado na lama fedida, poderia até xingar o presidente e o governador", disse Lula, que estava acompanhado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
O que se viu nas ruas destruídas e enlameadas de nossa querida Palmares, foi pessoas que choravam e  aplaudiam!
Aos gritos de "Ajuda a gente, Lula!!!ele percorreu todo o centro comercial , estarrecido com cada visão de desgraça das Praças; casas comerciais; Bancos e residências.
O que se vê nas nossas ruas é só desolação