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Desafios da vida

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O cuidador precisa ser cuidado, para suportar as perdas e aguentar a barra do dia a dia que é cuidar de um querido com Alzheimer. 
Assim vamos aprendendo e aceitando os desígnios de Deus. É um desafio que envolve sentimento de culpa e compaixão. Culpa até as vezes que a enganamos para tomar os remédios ... Compaixão por vê-la sofrer querendo lembrar... Até mesmo dos filhos e netos...
Triste doença que nós aceitamos, mas não perdoamos por ela se apoderar da nossa mãe!
Temos que ter paciência e perseverança sem desistir de tentar encontrar boas soluções. Enfrentar as dificuldades e nunca esmorecer diante da situação! 
Para mim o pior momento é ter que colocá-la numa cadeira de rodas... Isso dói demais no meu coração!

Entendendo melhor o Alzheimer

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“A minha sensação de culpa alcançou o ápice quando minha mãe disse que iria me matar. Experimentei uma mistura tão profunda de medo e culpa, que nem se compara ao dia em que fiquei com uma arma apontada para a minha cabeça durante um sequestro-relâmpago. Senti medo por nunca ter visto minha mãe tão transtornada daquele jeito e estar sozinha”. O relato é da Marcela Peres, de 28 anos, cuidadora em tempo integral de sua mãe, que acabou de completar 56 anos e há pouco tempo foi diagnosticada com Alzheimer. 
Sem conseguir controlar a situação e temendo por sua integridade física, Marcela decidiu internar temporariamente a mãe em uma clínica especializada. 
A agressividade exacerbada da mãe de Marcela não é algo incomum, pelo contrário. São diversos os relatos de cuidadores que são agredidos pelos pacientes de forma verbal e até mesmo física. Segundo a psicóloga Simone Manzaro, a agressividade e outras alterações comportamentais aparecem bastante na Doença de Alzheimer, porém a agressividade é a que mais atinge de forma negativa o cuidador, pois este entende como algo pessoal.
A especialista alerta que embora pareça que o idoso saiba bem o que está fazendo, é importante que o cuidador tenha consciência para entender que ele não sabe. “Já presenciei pacientes muito amorosos e calmos agredirem com tapas seus cuidadores e, logo depois, voltam a tratá-los com carinho. Por isso é importante tentar observar e identificar se existe algum evento que possa estar causando algum tipo de alteração no paciente a ponto de deixá-lo agressivo”, explica Simone.
Diversos fatores podem desencadear a agressividade do paciente, até mesmo uma comida fria. “Antes de partir para o uso de medicamentos ou uma internação, é fundamental identificar se não há algum motivo pontual que esteja gerando estresse no paciente. Uma dor, um desconforto, roupas apertadas, alucinações e delírios, constrangimento do banho, excesso de barulho, sombras, tom de voz usado pelas pessoas próximas, dentre outros, podem ser desencadeadores de agressividade”, conta a psicóloga.
O que fazer no momento do ataque
Em primeiro lugar, não revidar! Nem de forma verbal e nem física, afinal esse idoso não sabe o que está fazendo. 
Procure falar em tom calmo e baixo, de formar gentil. 
Chame a atenção dele para algo interessante que possa distraí-lo e como consequência acalmá-lo, se quiser use a música para isso, ou então ver álbuns de fotografias.
Observe e identifique qual foi o evento estressor e retire-o do ambiente ou não repita mais a situação.
Um ambiente tranquilo e com poucos estímulos pode ajudar.
Se a agressividade persistir mesmo com todas as recomendações, será necessário procurar um médico para nova avaliação.

Por Mariana Parizotto


Maldito alzheimer

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Depois de uma noite em claro com a minha mãezinha, o sol clareia o quarto dela e me sinto revigorada depois de uma xícara de café. Cada minuto que ela conseguiu relaxar e dormir só tenho a agradecer Meu Deus!
Li esse poema na madrugada e Achei perfeito na página do Face  "Quem tem um Mal de Alzheimer em casa?"
Compartilho com vocês meus queridos seguidores do Viva Mais!






A tristeza de um Piano

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Nunca pensei que um dia estaria aqui para falar de tristeza, do piano de minha mãe e essa doença horrível, "mal de Alzheimer". Sempre tão lúcida e ativa, devoradora de palavras cruzadas, dona de uma memória espetacular!
Essa doença é realmente algo indescritível ... Foi chegando sorrateira e  acabando com os neurônios e atrofiando o cérebro da minha querida mãezinha .Tenho pesquisado por aqui e li que existem 3 fases: inicial, intermediário e terminal. Minha mãe já se encontra na segunda fase. A fase critica da dependência, do esquecimento quase total do momento presente e é triste vê-la assim definhando e a demência se alojando na cabecinha dela, já não consegue fazer mais nada sozinha, as vezes nos conhece, outras não.
O mais triste é levá-la até a sala da frente onde se encontra o Piano Dorner dela que ganhou com 5 anos de idade e ao sentar no seu banquinho, acaricia as teclas e começa a toca-las e num passe de mágica, "Pour Elise vai invadindo a sala. Por uns momentos, que para mim serão sempre eternos a felicidade invade minha alma... 
Tem dias em que ela está confusa..mas quando chega no piano toca divinamente. Acho que a memória musical é guardada em um lugarzinho especial no cérebro.